Professor Edison Sales
SINÓPSE DE CONTEÚDOS
HISTÓRIA GERAL (PARA TODADAS AS SÉRIES)
LEGENDA
Vermelho (aqui no blog NEGRITO SUBLINHADO): Título, sub título e tópico.
Verde (aqui no blog negrito itálico): Palavras a serem pesquisadas para montagem de glossário.
NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DAS ATIVIDADES A SEREM ENTREGUES AO PROFESSOR
= FOLHA:
· Nome completo, número de chamada, série, data de entrega;
· Título da atividade;
· Enunciado da atividade (em se tratando de atividades envolvendo perguntas e respostas as questões deverão ser anotadas na ordem apresentada pelo professor, deixando-se o espaço de uma linha entre uma questão e outra. Findas as questões, escreva “Respostas”, indique o número da questão a ser respondida e responda-a em um único “bloco”. Respostas truncadas serão desconsideradas.);
· Não utilizar caneta vermelha, lápis ou similares;
· Respostas ilegíveis ou rasuradas serão desconsideradas;
· Em caso de utilização de folhas de caderno do tipo espiral, retirar as rebarbas.
= TRABALHOS ESCRITOS:
· CAPA: Título do trabalho e identificação do(s) aluno(s) (nome(s) completo(s), número(s) de chamada, série e data de entrega);
· INTRODUÇÃO: Apresentação do tema a ser desenvolvido;
· DESENVOLVIMENTO: Exposição do tema;
· FECHAMENTO: Considerações finais do(s) aluno(s) acerca do tema exposto;
· BIBLIOGRAFIA/FONTES: Indicação das fontes bibliográficas e/ou de pesquisa utilizadas na elaboração do “trabalho”;
· Não utilizar caneta vermelha, lápis ou similares; letra legível e sem rasuras (em caso de trabalhos manuscritos);
· Além das instruções acima, quaisquer outras instruções eventualmente dadas pelo professor deverão ser rigorosamente observadas.
INTRODUÇÃO À HISTÓRIA (PARA TODAS AS SÉRIES):
1 – Conceito de História: história é o estudo da vida humana através do tempo. Desenvolve o raciocínio político, econômico e social.
Para que serve a história: A história serve para desenvolver a reflexão histórica, o senso crítico. E despertar em cada um o sentimento de que somos agentes da história.
As fontes históricas: a) Fontes escritas; b) Fontes não escritas.
2 – A contagem de tempo no calendário cristão
Datas anteriores ao nascimento de cristo recebem a abreviatura a.C. Datas posteriores podem ser escritas com d.C., ou não.
Identificação dos séculos: soma-se 1 ao número referente à centena do ano, exceto nos anos terminados em 00.
3 – Periodização histórica:
História Geral: Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna, Idade Contemporânea.
História do Brasil: Brasil Colônia, Brasil Império e Brasil República.
4 – A produção de bens Na sociedade:
Modo de Produção: é a maneira pela qual a sociedade produz os bens necessários à sua existência. Exemplos de modos de produção: comunitário primitivo, asiático ou despótico comunitário, escravista, feudal, capitalista, socialista etc.
Meios de produção: são os recursos do trabalho humano. Compreendem desde os instrumentos de trabalho até a experiência necessária ao trabalhador.
Relação de Produção: ao produzir bens, as pessoas desenvolvem relacionamentos sociais e econômicos de vários tipos. Alguns são marcados pela exploração e dominação. Outros pelo respeito e solidariedade.
1º Ano do Ensino Médio - Pré História
O Evolucionismo
A Teoria da Evolução é fruto de pesquisas, ainda em desenvolvimento, iniciadas pelo legado deixado pelo cientista inglês Charles Robert Darwin e pelo naturalista britânico Alfred Russel Wallace.
Em suas pesquisas, ocorridas no século XIX, Darwin procurou estabelecer um estudo comparativo entre espécies aparentadas que viviam em diferentes regiões. Além disso, ele percebeu a existência de semelhanças entre os animais vivos e em extinção. A partir daí, concluiu que as características biológicas dos seres vivos passam por um processo dinâmico em que fatores de ordem natural seriam responsáveis por modificar os organismos vivos. Ao mesmo tempo, ele levantou a ideia de que os organismos vivos estão em constante concorrência e, a partir dela, somente os seres melhores preparados às condições ambientais impostas poderiam sobreviver.
Contando com tais premissas, esta teoria afirma que o homem e o macaco possuem uma mesma ascendência, a partir da qual estas e outras espécies se desenvolveram ao longo do tempo. Contudo, isso não quer dizer, conforme muitos afirmam, que Darwin supôs que o homem é um descendente do macaco. Em sua obra, A Origem das Espécies, ele sugere que o homem e o macaco, em razão de suas semelhanças biológicas, teriam um mesmo ascendente em comum.
A partir dessas afirmações e dispondo de outras áreas da ciência, como a Genética e a Biologia Molecular, vários membros da comunidade científica, ao longo dos anos, se lançaram ao desafio de compreender o processo de variação e adaptação de populações ao longo do tempo, e o surgimento de novas espécies a partir de outra preexistente.
A PRÉ-HISTÓRIA:
O Modo de Produção Comunitário Primitivo
Segundo Pierre Clastres, Karl Marx e outros autores, as primeiras sociedades humanas eram comunistas. Territórios eram ocupados por tribos, mas, dentro deles, os recursos naturais necessários à sobrevivência do grupo eram propriedade comum, e apenas ferramentas e utensílios individuais eram possuídos particularmente.
Durante a maior parte da Idade da Pedra, longo período que se inicia com o aparecimento do próprio homem, o sistema de produção da sociedade era uma forma de comunismo primitivo. Os alimentos colhidos para o grupo social, os animais caçados, os peixes pescados, era tudo produzido em conjunto e em conjunto eram consumidos. O grupo social que levava a cabo essas atividades coletivas era um grupo familiar de tipo especial.
Essas sociedades primitivas não se compunham, entretanto, de pequenos grupos aparentados e sem relações muito importantes entre si. Existiam na verdade relações sociais e econômicas importantes que os uniam através de uma constituição de agrupamentos maiores aos quais chamamos de clãs ou tribos.
A família, de fato, era um grupo de extraordinária coesão social. Um indivíduo sem família era como um peixe fora d’água estava desamparado, condenado. A família de um homem não somente formava o único arcabouço possível de sua vida econômica como ainda o protegia dos perigos da violenta existência primitiva.
Sinais do homem pré-histórico: embora a escrita só tenha surgido a aproximadamente 4.ooo anos, o homem pré-histórico deixou uma série de vestígios de sua existência e registros do seu modo de vida. Os mais antigos antepassados do homem surgiram há mais de 1 milhão de anos.
Divisões da pré-história: a- Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada = do aparecimento do homem até cerca de 10.000 a.C.; b- Neolítico ou Idade da Pedra Polida = de mais ou menos 10.000 a.C. Até cerca de 4.000 a.C.; c- Idade dos Metais = de mais ou menos 4.000 a.C. até cerca de 3500 a.C.; passagem da pré-história, onde os registros do modo de vida do homem não são escritos, para a história com registros escritos; início da civilização.
PALEOLÍTICO OU IDADE DA PEDRA LASCADA
Alimentação: não conhecendo a agricultura nem criando animais, o homem se alimentava do que estava pronto na natureza.
Primeiras ferramentas e controle do fogo: os instrumentos eram feitos com pedaços de madeira, ossos, pedras, etc. O controle do fogo foi uma das primeiras grandes conquistas do homem paleolítico.
Ação e cooperação: para sobreviver o homem precisava de cooperação social. A vida nômade (sem habitação fixa) predominava nas comunidades paleolíticas.
Vida comunitária: as famílias se agrupavam em clãs (conjuntos de famílias cujos membros descendiam dos mesmos antepassados), que procuravam atender às necessidades de todo o grupo. Não havia desejo de acumular riquezas, o produto do trabalho era dividido por todos. Era a propriedade coletiva dos bens (comunismo primitivo).
Arte do paleolítico: existem belas criações artísticas, encontradas nas paredes das cavernas (arte rupestre), em figuras entalhadas em pedras, etc. A arte paleolítica estava ligada a rituais de magia.
NEOLÍTICO OU IDADE DA PEDRA POLIDA
Interferência no meio ambiente: o homem passou a interferir decisivamente no meio ambiente, para controlar as fontes de alimento. Começou a plantar e a criar animais, abandonando, aos poucos, a vida nômade.
Inovações do Neolítico: os instrumentos de pedra passaram a ser polidos, melhorando sua eficiência. Nasceu a arte do ceramista, e o homem começou a fiar e a tecer vestimentas de linho, algodão e lã. Desenvolveram-se aldeamentos sedentários, surgindo as primeiras cidades.
A IDADE DOS METAIS
Transição para a história: passagem da pré-história para a história (aparecimento da escrita). A modelagem do metal deu origem à fabricação de novos instrumentos e ferramentas.
Divisão da Idade dos Metais: a – metalurgia do cobre: o primeiro metal a ser fundido em larga escala foi o cobre; b – metalurgia do bronze: mistura de cobre com estanho, o bronze era empregado na fabricação de espadas, lanças, martelos, etc.; c – metalurgia do ferro: iniciada por volta de 1.500 a.C. ; os utensílios de ferro contribuíram para a produção agrícola e artesanal.
O NASCIMENTO DA CIVILIZAÇÃO
Eventos principais: surgimento das diferenças de classes sociais e da divisão social do trabalho, formação do Estado, aumento da produção econômica, desenvolvimento da escrita, da numeração, dos pesos e medidas, do calendário.
As novas relações sociais: surgem o espírito de competição social, a propriedade privada da terra, dos rebanhos, etc., os exploradores e os explorados, o Estado governado por uma minoria.
Crescente Fértil: palco das primeiras civilizações, abrange parte do nordeste da África, as terras do corredor mediterrâneo e a Mesopotâmia.
2º Ano do Ensino Médio - O Modo de Produção Feudal
IDADE MODERNA
O Modo de Produção Feudal
Poderíamos, a grosso modo, caracterizar o Feudalismo como sendo um sistema político, social e econômico que vigorou na Europa durante a Idade Média – muito embora possam ser encontrados traços deste modo de produção também no Japão e China – e que tinha como características principais: a) uma economia basicamente agrária, centralizada na produção de bens para consumo do feudo; b) uma sociedade extremamente hierarquizada e estática cujos principais estamentos eram a nobreza, o clero e os servos e c) a fragmentação do poder político.
Durante a Idade Moderna, os Estados europeus adotaram uma política econômica conhecida como mercantilismo.
O termo mercantilismo é aplicado às doutrinas e práticas econômicas em vigor na Europa desde a metade do século XV até meados do século XVIII. Essas práticas econômicas variavam muito, mas tinham em comum o objetivo de fortalecer o Estado e a burguesia na fase de transição do feudalismo para o capitalismo, isto é, durante o período em que os Estados europeus realizavam suas acumulações primitivas de capital (termo econômico que designa as acumulações primeiras – ou originárias – de capital).
Entre as principais idéias que marcaram o mercantilismo destacam-se: a) o metalismo: propunha que a riqueza de um Estado dependia da quantidade de metais nobres (ouro e prata) que ele dominasse; b) a balança de comércio favorável: determinava que os ganhos com as exportações deveriam ser maiores que os gastos com as importações e c) o protecionismo: tinha como função manter a balança de comércio favorável através da prática do incentivo a setores da produção que pudessem concorrer vantajosamente no comércio exterior e da criação de dificuldades para a importação de produtos concorrentes.
O ESTADO MODERNO
O comércio e a ascensão da burguesia: o desenvolvimento comercial desorganizou o sistema feudal e a burguesia, classe social ligada ao comércio, tornou-se cada vez mais rica, poderosa e consciente de que era preciso uma nova ordem política, com governos estáveis. Importantes setores da burguesia e de uma nobreza progressista apoiaram o fortalecimento da autoridade do rei com o objetivo de construir monarquias nacionais.
A formação do Estado moderno: com a formação das monarquias nacionais surgiu o Estado moderno, trazendo as seguintes características: território definido, soberania e exército permanente.
O ABSOLUTISMO MONÁRQUICO
Todo poder para o rei: a concentração total de poderes nas mãos dos reis passou a ser denominada absolutismo monárquico. Diversas teorias foram formuladas para fundamentar o absolutismo. Entre elas, destacam-se as de Jean Bodin e Jacques Bossuet (teoria da origem divina do poder real) e a de Thomas Hobbes (teoria do contrato social).
Principais estados absolutistas: a) Portugal: a burguesia portuguesa ajudou D. João, Mestre de Avis, a centralizar o poder e a favorecer a expansão marítima. Tudo isso fez de Portugal o primeiro país europeu a construir um Estado absolutista e mercantilista; b) Espanha: foi unificada politicamente em 1469, quando aconteceu o casamento da rainha Isabel, de Castela, com o rei Fernando, de Aragão. Unificados, os espanhóis expulsaram os árabes, fortalecendo o poder real. Com a ajuda da burguesia, a Espanha também lançou-se às grandes navegações marítimas; c) França: a centralização do poder monárquico atingiu seu ponto máximo com Luís XIV (1661-1715). Conhecido como o “Rei Sol”, tornou-se o símbolo supremo do absolutismo francês; d) Inglaterra: o absolutismo inglês iniciou-se com o rei Henrique VII (1485-1509). Seus sucessores ampliaram os poderes da monarquia e diminuíram os do parlamento. No reinado da rainha Elisabete I (1558-1603), o absolutismo monárquico inglês fortaleceu-se, tendo início a expansão colonial inglesa.
A EXPANSÃO EUROPÉIA E A CONQUISTA DA AMÉRICA
Fatores da expansão: a) crise econômica: que facilitava o surgimento de epidemias como a peste negra; b) busca de novos caminhos para comercializar com o Oriente; c) busca de novos mercados: para escoar os produtos europeus; d) falta de metais preciosos: necessários para a cunhagem de moedas; e) formação de Estados nacionais: com governos centralizados; f) propagação da fé cristã; g) ambição material; h) progresso tecnológico: uso da bússola e do astrolábio, invenção da caravela, etc.
PORTUGAL E O PIONEIRISMO MARÍTIMO
Fatores que contribuíram para o pioneirismo: a) centralização administrativa; b) mercantilismo; c) ausência de guerras; d) posição geográfica.
Fases da expansão portuguesa: a expansão marítima portuguesa começou com a conquista de Ceuta, em 1415. Em seguida, D. Henrique funda a Escola de Sagres, um centro de estudos náuticos. O objetivo era atingir as Índias, contornando a costa africana. Isso aconteceu em 1498, com Vasco da Gama. Em 1500, Cabral chega ao Brasil.
AS NAVEGAÇÕES ESPANHOLAS
A “descoberta” da América: em 1492, os reis Fernando e Isabel patrocinaram a viagem de Cristóvão Colombo, que tencionava atingir as Índias de modo diferente dos portugueses. Após dois meses de viagem, Colombo chegou à América, pensando ter atingido as Índias.
Outros navegadores: a) Vicente Pinzón: que chegou à foz do rio Amazonas; b) Vasco Nunes de Balboa: que atingiu o oceano Pacífico; c) Fernão de Magalhães: que fez a primeira viagem de circunavegação da Terra.
O TRATADO DE TORDESILHAS
Divisão das terras entre Portugal e Espanha: para evitar conflitos entre Portugal e Espanha, que disputavam a posse das novas terras descobertas, foi assinado o Tratado de Tordesilhas. A Espanha ficaria com as terras a oeste de uma linha imaginária traçada a 370 léguas das ilhas de Cabo Verde. A Portugal caberia as que ficassem a leste. Outros países, como França e Inglaterra, não aceitaram essa divisão.
NAVEGAÇÕES FRANCESAS, INGLESAS E HOLANDESAS
Outras nações se lançam ao mar: igualmente interessados em atingir o Oriente, franceses e ingleses concentraram suas navegações na parte norte da América. Os holandeses navegaram pelos Estados Unidos, Brasil, invadindo a Bahia e Pernambuco.
Modo de produção capitalista:
O que caracteriza o modo de produção capitalista são as relações assalariadas de produção (trabalho assalariado). As relações de produção capitalistas baseiam-se na propriedade privada dos meios de produção pela burguesia, que substituiu a propriedade feudal, e no trabalho assalariado, que substituiu o trabalho servil do feudalismo. O capitalismo é movido por lucros, portanto temos duas classes sociais: a burguesia e os trabalhadores assalariados.
O capitalismo compreende quatro etapas:
Pré-capitalismo: o modo de produção feudal ainda predomina, mas já se desenvolvem relações capitalistas.
Capitalismo comercial: a maior parte dos lucros concentra-se nas mãos dos comerciantes, que constituem a camada hegemônica da sociedade; o trabalho assalariado torna-se mais comum.
Capitalismo industrial: com a revolução industrial, o capital passa a ser investido basicamente nas indústrias, que se tornam a atividade econômica mais importante; o trabalho assalariado firma-se definitivamente.
Capitalismo financeiro: os bancos e outras instituições financeiras passam a controlar as demais atividades econômicas, através de financiamentos à agricultura, a indústria, à pecuária, e ao comércio.
O MERCANTILISMO E O SISTEMA COLONIAL
Conceito de mercantilismo: doutrinas e práticas que se desenvolveram na Europa desde a metade do século XV até meados do século XVIII. Essas práticas tinham como objetivo fortalecer o Estado e a burguesia.
Características do mercantilismo: a) metalismo: Estado dependente de metais nobres; b) balança de comércio favorável: exportações maiores que importações; c) protecionismo: interferência do Estado na economia através de barreiras para dificultar as importações.
Tipos de mercantilismo: a) Espanha: mercantilismo acentuadamente metalista, por causa da grande quantidade de ouro e prata retirada das colônias da América. A Espanha importava todos os produtos industrializados de que precisava; b) França: mercantilismo baseado na indústria manufatureira, que utilizava a matéria-prima das colônias; c) Inglaterra: num primeiro momento, mercantilismo baseado no fortalecimento do comércio, através do controle dos produtos que entravam ou saíam do país. Depois, apoiado no desenvolvimento da indústria, que se iniciou na área têxtil.
Conseqüências do mercantilismo: montagem do sistema colonial mercantilista, em que cada país mercantilista dominaria uma região colonial.
Características do colonialismo mercantilista: a) produção complementar: a vida econômica da colônia era organizada em função dos interesses da metrópole; b) monopólio: a metrópole tinha o direito exclusivo de comercializar com a colônia.
Tipos de colonização: a) colônia de exploração: enquadrada no sistema colonial mercantilista tinha como características a economia baseada na grande propriedade escravista e uma produção voltada para o mercado externo); b) colônia de povoamento: relativamente fora do sistema colonial mercantilista tinha como características colônias baseadas em pequenas propriedades agrícolas e uma produção destinada ao consumo interno da colônia.
3º ANO DO ENSINO MÉDIO - A Expansão do Imperialismo e o Capitalismo Financeiro e Monopolista
A Segunda Revolução Industrial: a partir da Segunda metade do século XIX, a economia capitalista passou a ser caracterizada pelo progresso técnico e científico, a criação de novas indústrias, o avanço dos meios de transporte e de comunicação, o grande acúmulo de capitais e a concentração de riquezas.
Os monopólios: a concentração econômica levou à formação de monopólios, substituindo a concorrência. Esse processo desenvolveu-se tanto no setor industrial quanto no setor bancário. A fusão do capital bancário com o capital industrial deu origem ao capitalismo financeiro e monopolista.
Características: aumento da produção industrial e acúmulo de capitais.
O NEOCOLONIALISMO DO SÉCULO XIX
A política imperialista: foi adotada pelas grandes potências para conseguir novos mercados e exportar capitais. Ocorreu em diversas regiões da África e da Ásia. Responsável pelo neocolonialismo do século XIX, que apresentou diferenças marcantes em relação ao colonialismo do século XVI. Veja a Tabela abaixo:
|
Colonialismo europeu do século XVI |
Neocolonialismo do século XIX |
Área principal de dominação |
América |
África e Ásia |
Fase do Capitalismo |
Capitalismo mercantilista |
Capitalismo Financeiro e monopolista |
Patrocina- dores |
Burguesia comercial e Estados metropolitanos europeus |
Burguesia financeiro-industrial e Estados da Europa, América (EUA) e Ásia (Japão) |
Objetivos Econômicos |
Garantia de mercados consumidor para a produção econômica europeia Garantia de fornecimento de produtos coloniais, como artigos tropicais e metais preciosos |
Reserva de mercado para a produção industrial Garantia de fornecimento de matérias-primas, como carvão, ferro, petróleo e metais preciosos Controle dos mercados para a exportação e capitais excedentes |
Justificativa Ideológica |
Expansão da fé cristã |
O homem branco tem a missão civilizadora de espalhar o progresso técnico-científico pelo mundo |
A ideologia imperialista: a principal justificativa para o neocolonialismo do século XIX foi a pretensa missão civilizadora das grandes potências ocidentais de difundir o progresso pelo mundo. Essa justificativa tinha por base: a) as características biológicas dos povos do Ocidente = raça branca; b) a sua fé religiosa = cristianismo; c) o seu desenvolvimento técnico e científico = Revolução Industrial.
ARTIGO:
A Miscigenação do Brasil sob o olhar de Gobineau
por Adriana Gomes
A degeneração na civilização
Arthur de Gobineau é considerado uma das figuras históricas mais polêmicas e controversas pelos seus pensamentos. Ele tornou-se Ministro da França no Brasil como eram chamados os embaixadores a total contragosto, diga-se de passagem, em 1869. Alegava que sua nomeação a esse cargo o obrigava a se separar da família e de Paris, além de obrigá-lo a conviver com uma população mestiça, algo para ele abominável.
Gobineau estava inserido nas discussões intelectuais do XIX acerca das raças humanas. Sua ideia central era defender um escalonamento racial. Para tanto, ele elaborou uma teoria classificatória da humanidade, onde a raça ariana ocupava o topo da hierarquia social. Os miscigenados, por não serem puros de sangue não teriam ordenação na sua teoria, eles seriam inclassificáveis pela ambivalência.
A mestiçagem refutada por Gobineau desumanizava o outro os mestiços. A esses não havia possibilidade de ocupação na escala racial, pois não havia como criar critérios para se classificar, nomear e ordenar com cientificidade, afinado com o pensamento moderno(SOUSA, 2006, 6).).).
Partindo desse pressuposto, para Gobineau a mestiçagem criava um povo degenerado, porque não conserva, nas suas veias, o mesmo sangue original que sucessivas misturas fizeram, gradualmente, modificar seu valor; em outras palavras... não tem conservado a mesma raça dos seus fundadores(GOBINEAU, 1853, 24).
Esse pensamento sobre a mestiçagem foi expresso por Gobineau em seu Essai sur linégalité des races humanies (Ensaio sobre a desigualdade das raças humanas), publicado em 1853 em quatro volumes, que teve uma enorme repercussão, sobretudo no início do século XX, quando se tornaria fundamental para as teorias racistas da história(ARENDT, 2011, 201).
(Trecho de artigo publicado no site www.históriaehistória.com.br, segue link para a página com o artigo na íntegra: https://www.historiaehistoria.com.br/materia.cfm?tb=professores&id=162
Os grandes impérios coloniais: as grandes potências européias lançaram-se à conquista colonial da África e da Ásia, mas os grandes impérios coloniais foram construídos principalmente pela França e pela Inglaterra.
Domínio franceses: na África, uma vasta região que ficou conhecida como África Ocidental Francesa e África Equatorial Francesa; na Ásia, a região da Indochina.
Domínios ingleses: vasta região na África, além da Índia e da China, na Ásia.
Partilha da África: a dominação imperialista européia sobre o continente africano é conhecida como Partilha da África.
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
A SITUAÇÃO CONFLITUOSA
Causas do conflito: a) disputa colonial na África e na Ásia; b) concorrência econômica, particularmente entre Inglaterra e Alemanha; c) disputas nacionalistas.
Principais tratados de aliança: a) Tríplice Aliança = Alemanha, Áustria e Itália; b) Tríplice Entente = Inglaterra, França e Rússia.
A EXPLOSÃO DA GUERRA MUNDIAL
Assassinato de Francisco Ferdinando: foi o estopim que detonou a Primeira Guerra Mundial, quando as tensões entre os dois blocos de países haviam crescido a um nível insuportável.
Principais fases: a) primeira fase (1914-1915): movimentação de tropas e equilíbrio entre as forças rivais; b) segunda fase(1915-1917): guerra de trincheiras; c) terceira fase (1917-1918): entrada dos Estados Unidos, ao lado da França e da Inglaterra, e derrota da Alemanha.
OS VENCEDORES IMPÕEM SUAS CONDIÇÕES
O Tratado de Versalhes: conjunto de decisões tomadas no Palácio de Versalhes no período de 1919 e 1920. As nações vencedoras da guerra, lideradas por Estados Unidos, França e Inglaterra, impuseram duras condições à Alemanha derrotada. O desejo dos alemães de superar as condições humilhantes desse tratado desempenhou papel importante entre as causas da Segunda Guerra Mundial.
A formação da liga das Nações: em 28 de Abril de 1919, a conferência de Paz de Versalhes, aprovou a criação da Liga das Nações, com a missão de agir como mediadora nos casos de conflito internacional, preservando a paz mundial. Entretanto, sem a participação de países importantes, como Estados Unidos, União Soviética e Alemanha, a liga revelou-se um organismo impotente.
A ascensão econômica dos Estados Unidos no pós-guerra: os Estados Unidos alcançaram significativo desenvolvimento econômico através da exportação de produtos industrializados. A Europa tornou-se dependente dos produtos americanos.